sexta-feira, 18 de outubro de 2013

REPIRANDO POESIA







                   POESIA OCULTA BRADOCKIANA
          A GRANDE LITERATURA BRADOCKIANA UNIVERSAL




A LADRA DE POESIAS
( o rádio 13 parte: III )

série: ) Poesia Oculta (


- E a feira queimava...
em um sol de derreter o asfalto...
lotada, o sol queimava...

as cabeças viajantes...

valores, amantes...
viciadas...
desempregadas...
putas noiadas...

tarados e taradas...
mas o povo não deixa a feira...
compravam mais e mais compravam...
negociavam...

a feira se alimentava...
alimento...
um pastel olioso...
um caldo de cana que embriaga...

e lhe derruba se você estiver de jejum...
ambulates...
por cima de ambulantes...
o feirante vai vendendo....

o comprador vai comprando...
mas tem o ladrão MEU CARO LEITOR!
que também tem que trabalhar...
ele ou ela, agromera para furtar...

mão de pena...
a garota desesperada: "Roubaram o meu celular...
aonde posso anunciar... a quem devo denunciar?"
"lá na rádio da estrada..."

- responde o fiscal. com 'bafo' de cachaça -
"moço esse celular me custou os olhos da 'cara' ..."
de 'cara' com a sua beleza...
uma mulher tão rápida em bater carteiras...

desapareceu no meio do ṕovo...
ele roubou de novo...
ninguém pode fazer nada...
"a feira quando não enlouquece, mata." ...

um inferno no coração da cidade...
um rio sem paisagem...
um grupo de fiscais apreende irregulares mercadorias...
o supervisor é agredido, leva um murro na boca...

e chama a polícia...
a feira começara ao meio dia...
e a tarde arde...
no almoço a pimenta arde...

nuvens negras uma possivel chuva anucia...
embaixo do banco...
a lona faz um 'bucho' ...
um feirante surdo...

já o outro é meio cego...
existe o céu, a feira e o inferno...
o rádio 13 capita sons pedindo apoio...
ajuda, socorro! (...)

"QUAL É O SEU TQH?"
- dissera o supervisosr 77 pelo transceptor -
"QSL!?"
- mas o rádio estava quebrado -

o retorno do rádio 13 mau assombrado...
por outro rádio quebrado escuta-se uma forte discursão:
" Bom dia senhor, olha não pode não! viu? infelizmente...
senhor..."

"Eu não tiro não; senão o sol vai bater e queimar minhas mercadorias, e nem você e nem o prefeito irá pagar isso Eu tenho certeza!"
- exclama o homem possesso -

existe a feira, o céu e o inferno...
pelas frenquências habitam espectros...
inventam mentiras...
ilusorias brigas...

as feiras são mundos paralelos...
ambos universos...
Prometheus era um Deus ladrão...
e seus dissipulos não bricam...

roubara o fogo dos deuses...
ladra tão rápida quanto bonita...
furta a mão de pena, sob a luz do dia...
com a volocidade da luz, que em apenas um segundo pode

dar sete voltas em nosso planeta...
e a feira entra em processo de despedida...
e que assim seja! (...)
os ônibus vão saindo...

enormes em sua pompas...
carregados de compras...
da maior feira ao ar livre do mundo...
infinitos produtos...

mas a ladra não vai embora...
seus 'comparsas' colocam uma bicicleta em uma roda só...
obstruindo, bem no meio da feira...
idoso desatento, levara sua carteira, roubara o dinheiro...

era sua aposentadoria...
furtara de seu bolso, o dinheiro todo ...
dar sinais de término, mas não termina...
desce sangue e ectoplasma pelo rádio que nem existia...

fantasmas diurnos vão embora com o fim do dia...
trasnsceptores amaldiçoados...
"HT" assombrado...
totalmente descarregado...

frequẽncia baixa...
"QSJ" na carteira...
botara aquele certo fiscal...
crente que não estava sendo observado...

monitorado...
fora filmado...
na sala do diretor:
- Pegando toco, seu fiscal? vá para casa!"

- Determina o diretor -
mas o fiscal não foi...
por ali ficou...
"não peguei nada não senhor..."

- Alega o fiscal cara de pau -
"isso é 'cruzeta' daque 'cabra safado'!"
"mas você foi fimado!"
- Exclamo o diretor, que com seu cinismo, ficara irritado -

e a feira se arrasta...
termina o crepúsculo...
não deixam a feira, aqueles fantasmas...
a noite chega...

a saideira, mais uma vez a ladra atuava...
dessa vez dera um "bote", caderninho de anotações
mirara, sugou o ar, encheu os pulmões...
praticar o furto...

é outro mundo...
a maior feira ao livre do mundo...
levara se perdendo por entre as poucas pessoas que ensistiam em piruar na feira...

uma ladra de carteiras...
levara o cardeninho...
mas dinheiro não existia...
era apenas poesia...

a feira se cala...
o rádio 13 não mais falara...
em um local mais calmo, lera todas a poesias...
sobre todo aquele dinheiro...

diferentes objetos ela furtara...
chorara com uma das poesias...
emocionada! com um velho e simples cardeno de bolço...
era "A POESIA E A LADRA".

no retorno do rádio 13 parte trẽs...
aprisionou a alma do povo...
sem noticias boas...
pelo rádio mau assombrado...

noticias de discursões...
brigas, apreensões...
a feira "podre de ladrões "...
pedidos de apoio...
pelo rádio, um último contato:

uma voz misteriosa...
não indentificada...
se pronuncia, tipo assopro: (...)
" em dias, a feira começa de novo" ...

- pelo rádio sobe um forte odor de enxofre e cachaça - ...
o último ponto da bateria desaparece...
no sul do agreste...
o rádio 13 cala-se.

/O SUPERVISOR 77/
autor ocultista.
( poema inspirado e construido sobre maior feira ao ar livre do mundo ). FEIRA DE Caruaru.


em 11/09/2013/. às 10H18MIN.






                                       SAMUEL ABREU(SAPIENS)


- Ananda -

escrito por Samuel Auerbach

"Seu universo era, para muitos outros, um espaço quadrado diminuto, escuro e um tanto quanto bagunçado, mas para ela era bem mais do que o suficiente para viver e dar vida as tantas vidas que tinha em sua imaginação.
Parecia viver isolada, deixar-se sozinha, mas tinha ao seu redor os melhores tipos de companhia que se pudera conhecer, homens e mulheres de intelecto graúdo, personagens distintos em seu favor, requisitados à qualquer momento, atendiam ao seu pedido como quem atende a uma ordem.
Seu maior desejo era ser aquilo, que para ela, eles eram.
Sua liberdade e, ainda mais que isso, dizia com ardor nos lábios, que toda sua vida, todos os seus sentimentos, todos os seus sonhos, eram lidos e versados, antes de serem vividos. E com um vívido olhar de encanto, passava horas e dias, debruçada em meio à tantos mundos, sonhos, cores e ideias.
Andava por linhas e entrelinhas, folheava sutilmente, página por página, com seus olhos, mansos e reflexivos, donos de uma calma inebriante, consumia o que a consumia.
Os clássicos eram seus prediletos, o seu pão de cada dia.
E à cada noite, em sua cama, deitava com alguém diferente ao seu lado, dormira uma noite antes com Dostoievski, em outra com Orwell, e depois disto tinha a sua mercê Pessoa e Quintana, ambos deixando-a em pleno êxtase, envoltos em um clima que tendia a ácida e viciante mistura de poemas e erotismo.
Não tinha em seu cerne nenhum tipo de preconceito ou distinção, às vezes deitava-se com Arendt ou Blavatsky, Lispector ou Florbela, e hoje seu corpo lhe pedira uma presença mais cálida.
Com Savary, seu corpo contorcia-se em uma miríade de emoções, as quais sentira sem vivê-las de fato.
Comia do fruto proibido, bebia da fonte dos desejos, dos poetas e sonhadores partilhava das mesmas emoções.
Entremeando momentos em que parecia estar em uma tragédia grega ou em uma divina comédia, vivia amores platônicos, incendiava-se por completo com ódio e ciúme e logo em seguida estava embebida por lágrimas da mais pura melancolia que se possa sentir.
Imaginava-se vivenciar cada história, e em cada conto ou verso vivia as desventuras de uma personagem como quem vive um momento último e único.
E sua única vontade era a de continuar a viver essa vida de viver as vidas que talvez nunca viesse a viver, e com cada livro que lia, sabia que conseguia com isso, aos poucos, seu sonho realizar, de ser quem quisesse e estar aonde lhe vier a pensar, pois era ciente que em sua frente não tinham apenas palavras avulsas e sim portas abertas para conceber qualquer mundo que desejasse conhecer.
E assim sua vida seguia, mais à cada dia, seu pensamento tendia ao eterno, sabendo que em mãos tinha o segredo daqueles que nunca irão morrer.
Se a carne se esvai, as palavras perduram, e podem não mais te fazer, diante do tempo, perecer."
 





                                                 DANY WR




                                    Desfrute

Desfrute Me vi em seus braços, Tomada por sua loucura... O desejo ardente em seus olhos E o querer lascivo das suas mãos Me deixavam inquieta. Em meu corpo, depositava beijos Com a fome de um velho imundo. Seu suor, seu odor... Tudo me nauseava! Em meu interior havia nojo, Uma total antipatia. Meu ser o repudiava, E quanto mais o odiava Mais ele em mim, se invadia. Por um momento fingi Que o que me fazia era agradável. Enganei, Desvencilhei-me do verme Que se alimentava, feroz, de minha carne. Em minha mente, o anseio por ver seu sangue Se esvaindo por entre meus dedos. Cena que instantes depois Tornou-se real... Agora meus olhos cintilavam de prazer Ao vê-lo seco e estirado no chão... Sua vida, findada. Sua insanidade, acabada. Sua rigidez, Agora mansa e disciplinada Como nunca deveria ter deixado de ser! Agora, Me recomponho e admiro meu feito. Acompanho a cada dia sua putrefação. Agora, seu odor me é agradabilíssimo! Deleito-me a observar Seus músculos, seus ossos, Seus órgãos, seu cérebro Sendo, dia-a-dia, Roídos pelos ratos. Colônias de bactérias, insetos, Larvas, parasitas Enfeitam seu cadáver E muito me atraem...
Encantam meus sentidos!



                                                        
                                                  DOMINIQUE ALVE

                                                                                        
  

                                                                         NOITES ESCURAS


                                 As vezes na escuridão da noite

                            fico a pensar que na solidão da vida
                               ninguém consegue imaginar...

                      passando por momentos triste e sozinho
                                       na calada da noite
                                  o gotejado no caminho.

                                       gotejado de ilusões,
                                   talvez com sentimentos,
                                          sem paixão.

                                 cada pessoa um caráter
                            em cada caráter um sentimento
                             através da solidão dos ventos,
                                noites escuras ao relento,
                                   uma sina fria e triste,
                             baseada em um só sofrimento.

  








                                                                                    VICTOR
                                                                                                      


Liberte-se! 

Viver em constante contato com sua imaginação é o caminho de sua libertação ! A cada dia que se passa nós evoluímos , nós destruímos nós amamos e nos libertamos . Quebre essa vida clichê que a própria vida te oferece, tenha vitalidade e voracidade assim irá conseguir liberdade. Pode vir a ser numa manhã fria e de sono num momento curto e impulsivo de inspiração Que assim faça-se de todas as formas Prevalecer a minha Libertação !





                                                                  SIVANILDO SILL


"COMANDO SUICIDA"

MARCHA SOLDADO PELAS RUAS
DE CIDADES EM RUÍNAS
CAOS EM NOME DO PROGRESSO
DE UMA SOCIEDADE SUÍNA

OBEDEÇA TODAS AS ORDENS
DO COMANDO SUICIDA
DEFENDA O SEU TERRITÓRIO
COM A SUA PRÓPRIA VIDA

DESCANSE SOLDADO
CHEGOU O FIM DA GUERRA
DESCANSE EM PAZ

DEBAIXO DA TERRA






                                DEYVSON SILVA


HÁ TANTAS COISAS NA VIDA QUE NÃO PODEMOS ESCOLHER.
HÁ COISAS QUE CARREGAMOS BEM ANTES MESMO DE NASCER.
A SOLIDÃO EXISTE NA MESMA PROPORÇÃO QUE TEMOS MEDO DE VIVER.
NÃO PROCURE, NÇAO ESCOLHA AMAR, POIS O SINÔNIMO DE AMAR, SEMPRE SERÁ SOFRER.
NÃO PENSE QUE A VIDA É SÓ NASCER, CRESCER E MORRER. HÁ COISAS BEM MAIORES DO QUE EU E VOCÊ.
POIS A COISA MAIS LINDA DA VIDA NÃO É MORRER. MAIS É SABER QUE TUDO QUE É SEU, VEM ATÉ VOCÊ. SEM NEM UM MOTIVO APARENTE, SEM TER UM EXATO POR QUE.
SAIBAS DE UMA COISA, TU TERAS TUDO QUE É TEU HÁ TEMPO. TEMPO DE MORRER.






                                                         SORYS SORYS SORYS


O OLHO DO CHÃO
:CICERO REINALDO SYROS
O OLHO DO CHÃO

   No chão das ruas,
   eu vejo lama,
   façanhas,
   propagandas e esmolas

   No chão das ruas,
   eu encontro goiás,
   macumbas,
   desperdícios e tramoias  

   No chão das ruas,
   eu evito pisar ou visar
   a morte alheia,
   sangue alheio, 
   vomito alheio 

  No chão das ruas,
  não se encontra fome zero,
  nem criança esperança!
  apenas a miséria,
  sempre em abundância 
  e sedentária  

  No chão das ruas,
  só não enxerga quem não quer.

 : @[100002673070396:2048:Cicero Reinaldo Syros]


No chão das ruas,
eu vejo lama,
façanhas,

propagandas e esmolas

No chão das ruas,
eu encontro goiás,
macumbas,
desperdícios e tramoias

No chão das ruas,
eu evito pisar ou visar
a morte alheia,
sangue alheio,
vomito alheio

No chão das ruas,
não se encontra fome zero,
nem criança esperança!
apenas a miséria,
sempre em abundância
e sedentária

No chão das ruas,
só não enxerga quem não quer.


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